Hoje não quero frases feitas nem falar sobre o que significa ser mulher. Pois nem todas/todos nós temos a mesma perspetiva e vivências. Todos somos singulares, todos somos pessoas com as nossas experiências individuais. Hoje é sobre mim. Sobre a mulher que sou.
A que já duvidou de si mesma tantas vezes que perdeu a conta. A que carrega dentro de si vontades que nem sempre sabe interpretar. A que já quis parar, desaparecer, desistir. Mas que, de alguma forma, continua aqui. A que quer mudar mas não quer mudar. A que quer ser mãe mas deu uma pausa. A que chora sem saber porquê mas também sabe animar os outros. A que todos dizem que dá bons conselhos mas que não sabe o que fazer da sua vida.
Não sou o reflexo de todas as mulheres. Nem preciso ser. Sou eu, com as minhas falhas, as minhas forças, os meus medos, os meus sonhos, a minha dor e as coisas que ainda não descobri.
Carrego dúvidas, incertezas, aventuras e esperança. A verdade é que não sou perfeita, apesar de ser perfeccionista. Às vezes, nem sei por onde começar. Às vezes, custa a levantar da cama. Só sei que, de algum modo, ainda estou aqui, a tentar entender o que significa ser quem sou. A dar importância ao cuidar de mim. E isso, por si só, já deveria ser suficiente.
E tu? Também te perdes, de vez em quando, no caminho?

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